quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Consumir-se como a vela...


Aquela vela acesa na escuridão da noite, nesta capela, tem beleza, ajuda-me a orar, a meditar.
Fogo, luz símbolo o próprio Deu da Sarça ardente de Moisés, das línguas de fogo do Pentecostes…
Ilumina, aquece, enche tudo de vida de relevo, de formosura. Dá a cada ser as suas qualidades, as suas formas, a sua beleza própria…
E depois, Senhor, vai-se desfazendo, consumindo, desgastando... silenciosa, quase fraternalmente …
Muito me ensina aquela vela, a arder iluminando a noite…
Que assim seja a minha vida Senhor.
Que assim seja o meu agir
Queimar-se
Desgastar-me,
Dar-me mais,
Sempre mais…
Em silêncio delicado e humilde,
Dando luz, calor, vida,
Como a vela que arde de noite nesta capela… Kosovo, 16 de Fevereiro de 2012.

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